terça-feira, 14 de setembro de 2010

O futuro em nossos dedos

“As pessoas não querem que o Google responda perguntas, querem que ele diga o que devem fazer.”
Esse é um comentário de Eric Schmidt, CEO da Google, comparando a necessidade do site de buscas mais utilizado do mundo com o HAL 3000, o maligno computador do filme “2001 – uma odisseia no espaço”. A inteligência artificial no filme de Stanley Kubrick funcionava como um gênio da lâmpada, diferente do que é o Google, pois as pessoas procuram fazer parte do processo e ter um leque de opções e decisões que possam tomar. Isso é uma exemplificação do que não foi imaginado a anos atrás sobre onde chegaríamos referente a tecnologia, satisfazendo de forma maior a necessidade atual do ser humano.
Há 10 anos atrás, pensávamos em uma Internet apenas como meio de busca, como se fosse uma enciclopédia em um microtelevisor, porém a nossa dependência hoje é maior, porque ela nos trouxe a convîvência virtual com avatares, perfis de facebook e orkut e outras vidas em Second Life.
Estamos no mundo da Web 2.0, onde a dinâmica é maior entre o usuário e a ferramenta e não somos apenas personagens passivos de um mundo que nos traz a informação. Podemos debater, corrigir, nos aprofundar em assuntos onde podemos repensar sobre os conteúdos apresentados a nós.
Mas a Web 2.0 não é objeto apenas para diversão e aumento da rede de amigos. É uma ferramenta para dividir conhecimentos e agilizar o seu dia-a-dia. Em um cenário onde alguns já defendem o "apagão da educação", as aulas a longa distância tornaram-se uma salvação para uma demanda que cada vez mais cresce e tem que se adaptar na rotina diária de tantas tarefas. No mundo corporativo, a multiplicação do conhecimento para funcionários de empresas globalizadas e distribuídas em várias localidades otimizam o tempo de aprendizado e padroniza a informação a todos.
Sabemos onde vamos parar? A resposta é apenas uma: nunca pararemos. A evolução será contínua e imprevisível, mas já temos ferramentas para isso. A Internet 2.0 (não confunda com a web 2.0) surgiu para criar experiências e tornar ações mais práticas e sem erros para potencialização máxima desse novo ambiente, tendo a colaboração, a interação e a força do coletivo como motor para dar respostas a nova sociedade virtual.
O que realmente fará a diferença para o ser humano com estas novas ferramentas, metodologias e profissionais será a nossa capacidade de interagir no mundo novo, não mais para ser informado, mais para informar, descobrindo tribos e produzindo com elas e nelas o conhecimento necessário para enfrentar o novo cenário veloz.

Para se aprofundar no assunto, leia o excelente texto publicado no caderno Link, do jornal "Estadão": Em sua nova geração, a internet são várias redes. Não uma só, de Pedro Doria.


Post publicado por Ricardo Benevenuto

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